quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


Se soubesses ler
O que dizem essas linhas
Talvez não achasses
Que vão leves…

Saberias que amealham
Em cada sulco
Tão profundo
A sabedoria de um deus poeta.
Que codificou o mistério
Num poema em partes
Pelas mãos do mundo.

Talvez, assim, seja melhor:
Leves.
Leves de pele
De tormento?
De grão…
Para se carregarem na terra
De calor
De vento
E de cada ocasião.

Que importa que o mar seja longe
Que os sonhos sejam pequenos
Que as certezas sejam vãs…
As mãos são vivas,
Os dias são sem pressas
Apenas levam apertadinho o desejo
De amanhãs!


(foto: Ana Fernandes)