Mãos...
Pelas palmas todas que bateram
Pelos sete palmos que esperam
Pelos dedos que conhecem
O sentido, a preensão
Os laços ou o adereço
Pelos sinais que florescem
Ao chegar outra estação
Mãos, eu te agradeço!
Mas pelo tanto que tocaram
Pelo muito que afagaram
Pelos filhos e netos que embalaram
Não seja agora que queiram
Deitar-se debaixo da manta
Como quem espera a hora santa
De cada recordação.
Procurem outra e outra mão
E com elas não mintam
Agarrem-se
Segurem-se
Sintam
Mas procurem.
O quê não importa.
Nem que preciso seja bater à porta
O encontro é a certeza
Do que as mãos podem achar,
Seja carga
Seja leveza
Ainda não duas p'ra segurar!
(foto: Ana Fernandes)
1 comentário:
Minha querida Isabélinha!
Gostei muito muito dos teus poemas! Obrigada por partilhares connosco!!
Beijinho grande
Clara
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