Se todos os dias deixamos
Que ele venha novo, como um beijo,
É porque um outro, por ser curto, abandonamos,
Entregando-nos, neste tempo, a outro desejo.
Certa é cada vinda de passagem,
Além dele não sou mais que memória ou imaginação.
Troca-se o número, o mês, a imagem,
Permanece o som de quatro letras, em repetição.
Este é o imutável tempo que muda,
Numa certeza surda, além de mim...
O único tempo sem tempo
Será o fim!
(Foto: Jorge Mayer)
1 comentário:
Que ele venha logo, como um beijo.
Um beijo nunca muda de data.
Enviar um comentário