Diga ele o que sabe
Diga que eu quero saber,
Diga porque em boa verdade
Diga que eu quero saber,
Diga porque em boa verdade
Não será por não ter vontade
Que ele não me há-de dizer.
Que ele não me há-de dizer.
Mas um dicotómico critério
Só é levado a sério
Pelos seres mais indigentes,
Eu que sei que há tantas cores
Eu que tive alguns amores
Pertenço ainda a essas gentes...
Só é levado a sério
Pelos seres mais indigentes,
Eu que sei que há tantas cores
Eu que tive alguns amores
Pertenço ainda a essas gentes...
Fui então a um descampado
Fui de olhar orientado
Nas flores do bem querer.
Cheguei às pétalas brancas
E por entre tantas, tantas
Colhi um para saber...
"Diz-me o quanto me quer
Diz-me lá ó malmequer,
Diz-me que eu não tenho medo!"
Ele já meio desfolhado
Permanecia calado
Quase careca como o segredo.
Parei antes de chegar ao fim
Parei e olhei para mim
E sorri das coisas de amor.
Fui de olhar orientado
Nas flores do bem querer.
Cheguei às pétalas brancas
E por entre tantas, tantas
Colhi um para saber...
"Diz-me o quanto me quer
Diz-me lá ó malmequer,
Diz-me que eu não tenho medo!"
Ele já meio desfolhado
Permanecia calado
Quase careca como o segredo.
Parei antes de chegar ao fim
Parei e olhei para mim
E sorri das coisas de amor.
Entre todos e ninguém
Havia quem me quisesse bem
Mesmo que o negasse a flor.
Havia quem me quisesse bem
Mesmo que o negasse a flor.
(foto: Ana Fernandes)
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