Há brisas que o tempo não recorda,
Há ventos que varrem o ar sombrio,
Há aragens que tecem como se borda
O frescor, a frescura e o frio.
Há ventos que varrem o ar sombrio,
Há aragens que tecem como se borda
O frescor, a frescura e o frio.
Ah, que tempos foram que já não sei,
Ah, que sombrio ar que me encarou,
Ah, que bordados com que me enfeitei,
Para o frio que quase me gelou.
Foi com o que sei que nasci,
Foi com esta cara que fiquei,
Foi com este feitio que aprendi,
E chegando ao gelo me lembrei...
Que nascendo tudo se esquece,
Que há quem fique a milhas do que quer,
Que é aprendendo que se aquece,
Ah!... que frio mulher!
(foto: Ana Fernandes)
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