terça-feira, 2 de outubro de 2007

Frescura


Há brisas que o tempo não recorda,

Há ventos que varrem o ar sombrio,

Há aragens que tecem como se borda

O frescor, a frescura e o frio.


Ah, que tempos foram que já não sei,

Ah, que sombrio ar que me encarou,

Ah, que bordados com que me enfeitei,

Para o frio que quase me gelou.


Foi com o que sei que nasci,

Foi com esta cara que fiquei,

Foi com este feitio que aprendi,

E chegando ao gelo me lembrei...


Que nascendo tudo se esquece,

Que há quem fique a milhas do que quer,

Que é aprendendo que se aquece,

Ah!... que frio mulher!
(foto: Ana Fernandes)

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