Fecho os olhos para o que já foi poder brilhar
No que ainda me pertence, mas só cá dentro
E que não sendo novo dá alento
Aos que escolhem bem o que guardar.
E sem estar atenta vão ficando
Perfumes de gentes, de flores
Amargos ou doces sabores
Ou o azul do mar ondulando.
Preencho assim o vazio da solidão
Pela não invocada recordação
Que me deixa com brilho ou a marejar...
Memórias minhas ou que sou eu
Que ligam para trás tudo o que é meu
Num fio que protejo de se cortar!
(foto: Ana Fernandes)
Sem comentários:
Enviar um comentário